sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ela e meu atraso....

Cheguei ao hotel pontualmente atrasado, e minha bela já estava esperando em nossa mesa. De longe pude observá-la, pois sua beleza ofuscava todo o resto, mas me segurando, perguntei ao mitre onde ficava nossa mesa. E fui encaminhado até lá. Com raiva ela me recebeu friamente. Seca, perguntou o que eu estava fazendo para deixá-la esperando tanto. Disse que nem mil dias seriam suficientes para que eu me preparasse para estar diante de tal beleza que ela representava. Corada, ela ainda tentava manter a posição de contrariada, de brava, de mulher ofendida, mas eu sabia muito bem que aquela mascara de fúria era mantida somente pelo seu orgulho. Disparou uma torrente de xingamentos em minha direção e teatralmente encenei estar ofendido com aquilo, mas estava apenas analisando uma brecha em sua defesa para novamente atacar e fazer com que toda aquela fúria se transforma em fogo que queimaria nossa cama mais tarde quando nossos corpos se encontrassem.
Pedi um vinho de boa safra para que ocupada bebendo, ela não pudesse falar tanto. Por vezes as mulheres se ocupam tanto xingando que acabam se perdendo e no final das contas, acabam sem saber exatamente porque estão bravas. E se questionadas, vão dizer somente que é por causa de tudo! Oras, tudo uma ova. Sei muito bem o quanto ela gosta de minhas caricias, o quanto fica feliz quando apareço sem avisar e a levo para sair sem compromisso, quando a elogio e ela corada olha para o outro lado para que não perceba. Depois de duas taças de vinho, entre uma reclamação e outra, seguro sua mão e digo que até mesmo xingando eu a amo, que sim, eu estava errado e pergunto se ela me perdoa, porque do contrario saio dali correndo e me jogo na frente do primeiro caminhão que passar, digo que tudo que quero é estar com ela e tentando isso, muitas vezes acabo errando, mas que pouco a pouco estou aprendendo como fazê-la feliz e que se não estou conseguindo me vou e a deixo em paz. Sem palavras, vejo em seus olhos que ela se entregou. Aproximo-me e a beijo exatamente como da primeira vez em que fiz isto e sinto que ela estremece. Sussurro em seu ouvido que a quero levar dali para um lugar onde possa deixá-la nua e mostrar exatamente o quanto a quero. A puxo pela mão e deixo algum dinheiro para a conta. Chamo um taxi, deixando o carro para trás, afinal sem dirigir, as caricias podem começar bem mais cedo.
Nas escadas do prédio já a deixo sem fôlego com meus carinhos e ela fica com dificuldade em subi as escadas e dentro do apartamento, mal fechamos a porta e já retiro sua roupa como se fosse aquele nosso ultimo momento de vida. Em seguida faço com que cada canto do apartamento vire um novo lugar para as práticas sexuais. Terminada a maratona, deixo-a dormindo com um sorriso na boca, e saio do apartamento, com todo o cuidado de deixar um bilhete apaixonado dizendo o quanto aquilo foi bom para mim e dizendo que mal posso esperar o próximo momento em que vamos “brigar”. Sigo meu caminho na certeza total e absoluta que durante todo o dia, ela manterá um sorriso bobo na cara sonhando com o momento em que me atrasarei novamente...