terça-feira, 28 de outubro de 2008
Antes que seja tarde
Antes que seja tarde, eu gostaria de dizer que não quero dormir
quero protelar mais um pouco o dia que antecede o fim. As mudanças vão acontecer, mas amanhã
amanhã terei que enfrentar minhas verdades e me ter com meu destino. Amanhã poderei perder o que procurei pro tanto tempo. Amanhã meu chão poderá ser tirado de mim novamente. Por isso não quero dormir. Dormindo, estarei indo para o amanhã sem lutar e não quero isso.
Posso vislumbrar o que vou perder e não quero perder meu norte nesta tempestade que chamo de vida. Posso enfrentar o amanhã com um pouco de ajuda, mas como pedi-la se sei que amanhã será você que me derrubará?
Amanhã vou te perder, amanhã vou me perder.
Por isso hoje quero me agarrar aos sentimentos que nutri em mim, e que vi germinar em você. Mas o que em mim se transformou em densa floresta, em você morreu por medo.
Por que você tem medo de gostar?
Por que você tem medo de se entregar?
Por que você tem medo de estar ao meu lado?
Gostaria que você estivesse ao meu lado quando o mundo ruísse, quando a tempestade chegasse e queria reconstruir o mundo contigo ao meu lado. Mas você têm medo. Enquanto assumia que estava gostando de você, te vi se afastando por não compreender isso, por achar que isso não era possível.
Mas acabo notando que ao contrario de você, a quem o medo paralisa, em mim, me faz mover. Tenho medo do amanhã, mas vou acordar e ir vencer minhas batalhas e agüentar minhas derrotas.
Mas antes que seja tarde gostaria de dizer que você foi a luz que me guiou na escuridão em que me tranquei, e que sou grato por isso. Tenho pena de sua covardia, mas quem tomou as decisões foi você e por mais que elas me envolvessem, teria que aceitá-las.
Fica com este pouco e mim dizendo um tanto sobre nós. Fica assim, e fica bem, por que te gosto. E ficam os meus votos de que você vença o medo e consiga se entregar a alguém, e que este alguém seja a pessoa certa a te merecer.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Adios Amigo!
Acordo e descobro que o Pika(chu) Morreu. Já esperava isto acontecer e até derramei um monte de lágrimas escondidas. Sei que não era o melhor cuidador dele, sei que ele também me mordia exatamente como qualquer um que se aproximava. Mas mesmo assim a dor não foi menor.
Já estava na republica a anos e sempre causou problemas. Seja alguns que tacavam fogo no rabo dele, seja outros que chutavam sua gaiola, eu sempre estava lá xingado estas pessoas que não entendiam que ele ficava dentro da gaiola e de lá não saia. Se ele mordia quem se aproximava era em parte culpa da pessoa que levava as dentadas.
Sei lá, é difícil escrever sobre ele. Queria escrever até a dor de perdê-lo passar, queria escrever até ele vir e morder meu pé, mas sei que não conseguirei.
Fica aqui uma pequena homenagem e a confissão sobre as saudades que sentirei dele.
P.S. Fiquem tranqüilos, quem o conheceu sabe que ele não se entregou à morte sem lutar e deve ter distribuído muitas dentadas no processo.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Cervejas, copos de café, leve monotonia e música alta para espantar o tédio
Hoje acordei com vontade de fazer algo magnânimo, que me fizesse entrar para a historia pela porta da frente da fama. Tentei bravamente, mas hoje não era o dia.
Gastei meu tempo fazendo relatórios, xingando o povo daqui de casa e lendo revistas e livros. Normalmente depois de voltar de uma viagem, preciso de um tempo para me readaptar à vida que deixei para trás durante um tempo. Voltar à rotina, às pequenas coisas do dia. Mas a viagem continua reverberando dentro de mim infinitamente, tal qual uma pedra jogada na mesmice em que o algo vive e as ondas criadas acabam criando padrões interessantes e inesperados.
Tive noticias sobre minha Bela, sobre pessoas que quiseram me ver e não puderam. Enfim, eu estava lá, quem quisesse poderia me ver, mas infelizmente eu tenho o dom extremo de não ser achado. Ligar para o meu celular é ter a certeza de que não atenderei. Não é por querer, mas sou tão disperdo que nunca o ouço tocar e por quase nunca ter créditos, não retorno a ligação. Isso sem contar os números que não consigo identificar, afinal a pouco tempo apaguei todos os números do meu celular e tenho que admitir que ando vivendo bem sem eles.
Fica uma consideração sobre Divinópolis: Foi bom, foi ótimo até. Não foi como o planejado, consegui fazer as palestras, ouve uma boa aceitação, mas eu acabei indo para lá e cumprindo papéis não esperados e acho que a vida por vezes nos leva a caminhos estranhos, por vezes sem sentido, mas que pelo menos ajudam a resolver algumas questões, se não nossas, das pessoas ao redor.
Enfim, um texto leve e devagar, para um dia nublado e ameno. Sem grandes emoções, sem grandes preocupações.