segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Segunda-Feira e O Trabalho



Entendo os problemas que as pessoas tem com as segundas-feiras. Este pânico e incomodo que vem com o primeiro dia de trabalho na semana. Esta data maldita que se repete constantemente fazendo com que seja um dia perdido. O Abominável dia das Neves!
A crise já começa no domingo. Logo após o almoço, se não temos alguma coisa agendada, já começamos a sofrer. A televisão não tem nada de bom, internet já começa a reclamar do domingo e a depressão é instalada. E isso já virou de alguma forma um senso comum, um conhecimento compartilhado com todos, um vírus instalado no nosso inconsciente coletivo dizendo que domingo é triste e a segunda é péssima.

Muitas são as explicações. Pode ser por conta de trabalhos ruins ou finais de semana fantásticos. Pode ser por conta do trânsito ou a falta de grana. EU tento não cair nesta armadilha. Fiz a escolha por um trabalho que tivesse um significado para mim e sou daquele tipo de pessoas que gosta de desafios. Moro perto do meu trabalho e não tenho veículo próprio. Isso evita muitos problemas e posso focar em coisas mais interessantes. Fico focado em bons papos com o pessoal com quem pego carona, no café da manhã na cantina, em programar minha semana e cooptar parcerias para a execução dessas tarefas.



Creio que o trabalho é uma das coisas que fazem parte da construção de quem somos. ele é um dos elementos de nossa identidade e cada trabalho diz bastante da pessoa que o executa. Obviamente existem trabalhos insalubres e temos que lutar para não aceitá-los, mas cada um deve buscar e tentar fazer do seu trabalho um lugar melhor para si e para os outros.  Isso fica muito difícil quando trabalhamos pelo dinheiro e somente por ele. Digo com toda propriedade que nem sempre um trabalho com bons ganhos e benefícios compensa as dores de cabeça, as úlceras estomacais e as quedas de cabelo. Encontrar um ponto em que a nossa felicidade e um trabalho bem executado convergem deve ser o sentido dessa busca. Um não pode prejudicar o outro e esta é uma batalha bem dificil nesse mundo baseado em lucros e exploração do trabalho. Posso parecer utópico, mas é nisso que acredito e pelo que trabalho. Acho que você deveria começar também a pensar nisso. Principalmente aos domingos e segundas.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Alguém aí?

Desde 2012 não posto nada aqui. Lembro que o blog foi criado para diminuir um pouco as angustias que eu tinha, escrever era minha melhor forma de não surtar. Este blog me ajudou em tantas questões e me forçou a repensar muitas das minhas decisões. Através do blog tive que encarar e lidar com tantos sentimentos que vinham como um turbilhão jovem em um peito apertado. 

Hoje cá estou beirando os 30. Tenho ainda muitas angustias no peito, mas já respiro mais aliviado. Já não sofro mais daqueles amores arrebatadores a cada semana, pois ando amando uma pessoa arrebatadoramente a cada instante. Emprego já não me preocupa tanto, por ter me formado e trabalhar em uma universidade atualmente. Andei escrevendo bastante para O Manual Prático do Canalha Sentimental. Muitos contos, muitas crônicas, muito amor por tantas letras. Viajei meio mundo e já mudei de cidade pelo menos umas 4 vezes nos últimos anos. Tomei muita pancada, bati bastante, lutei bravamente com todos os desafios para poder respirar um cadinho. Cheguei naquele ponto em que superei a sobrevivência e estou procurando novos desafios. Novas formas de me superar, novas formas de entrar em contato com meus medos  e toda a sorte de coisas novas.



Sei que daqueles tempos muita coisa ficou. Ainda sou um sonhador, alguém que acredita nas pessoas e que sabe que o mundo não é tão duro quanto aparenta ser. Sou fã ainda de segundas chances e ainda choro nos cinemas, nas despedidas e com presentes. Ainda amo ler e já estou chegando na casa dos mil livros. Já li pelo menos 60% de tudo isso, mas as compras não param. Mas fiquem tranquilos que melhorei bastante daquela compulsão de juntar os trocados para novas aquisições. 

Não sei o exato motivo de escrever este textos. Só posso dizer que sinto falta da escrita, sinto falta de estar diante da tela e deixa as ideias fluírem para o papel ou para o computador. É um ato que me enche de prazer e me faz estar conectado com o mundo. Com o Manual em um hiato, fiquei sem espaço para escrever, mas este blog sempre foi pessoal. Bem Pessoal, tipo, das entranhas. E sim, vou reativá-lo. aos poucos, tirando as teias de aranha da cabeça e dos dedos. 
Bora arejar a casa e as idéias!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Treinando


Para voltar a escrever é preciso treinar. Fazer os calos voltarem a doer e despertar novamente aquela chama que tanto ardia durante tanto tempo. Lembro bem que antes era fácil escrever por estar constantemente apaixonado, mas descobri que na verdade estava encantado com aquelas garotas.
Gostei verdadeiramente de poucas entre elas. Mas mesmo assim aquelas relações serviam de
combustível para que a chama da criatividade se mantivesse ardendo e muitas vezes queimando dentro de mim. Lembro bem que escrever era a forma de cansar a mente, condensar toda aquela confusão no papel e tantas vezes só consegui dormir após realizar este ritual. Não sei dizer bem o que aconteceu neste processo. Acho que crescendo e amadurecendo, fui ficando mais descrente com as ilusões que me mantinham naquele estado suspenso.
Somente hoje posso perceber porque as relações não avançavam, pois apesar de estar envolvido, as ilusões iam desvanecendo. Estou em um bom momento em que estou trabalhando bastante, buscando meus caminhos ainda e sem desespero de estar com alguém.
Isso me deixa feliz. Aos meus olhos é um sinal de maturidade, apesar de acreditar durante muito tempo que isso era um sinal de endurecimento e isso me deixava com muito medo. Não estou naquela correria doida, naquele desespero de estar com alguém. sei lá não há no momento guerra nenhuma em meu coração. Não perdi o interesse nas pessoas. Ainda observo, desejo, busco prazer, destas coisas pretendo nunca me livrar! Na melhor das hipóteses focar isso tudo em uma pessoa só. Mas enfim, com estas palavras vou tentando novamente adquirir meus calos, revivendo minha criatividade e colocando ordem neste meu jeito meio louco de escrever. Andei escrevendo muita coisa, é fato. Alguns projetos de livros, contos esparsos e algumas provocações, mas nada foi publicado. Logo espero estar novamente inundando estes espaços com minhas palavras.
Sinto-me muito bem escrevendo e publicando, mas o prazer se multiplica ao saber que há pessoas do outro lado lendo e me incentivando.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tempo

Eu vejo as fotos que tiramos, aqueles quadradinhos de vida que escolhemos eternizar. Eu vejo no corpo as cicatrizes de ter sido um bom homem e de ter aproveitado o suficiente da vida. E também vejo as coisas que ficaram espalhadas pela casa, lembrando como chagas cada pequena parte de você que ficou para traz. Abro outra garrafa de cachaça, sabendo bem que aquela foi um presente deixado por você. Na verdade, todas as garrafas da casa foram tocadas por você, pensando bem, sinto seu perfume nelas e mesmo com o enjôo que isso me causa, eu acabo com todas.

Abro meu armário e lá também tem uma camisa minha que você adorava usar. Eu fico espantado com o modo como ela lhe caia tão bem e provocava em mim um desejo nunca controlado. E ali bem no bolso de uma calça, acho uma lista de compras antiga. Você pedia que por favor não comprasse tantas porcarias como da última vez e que nunca esquecesse o seu doce de leite preferido, pois eu sabia bem como você ficava.
Revendo todos estes rastros decido que já não há meio de continuar assim, que preciso fazer algo. Desço até a venda e compro lá algumas garrafas de cerveja e vodka. Pego alguns cubos de gelo, jogo tudo em uma jarra juntamente com algumas latas de energético. Esta bomba vai me deixar no pique para fazer o que for preciso.

Vou até nosso antigo quarto e retiro tudo que me lembrava você. Troco as roupas de cama, juntos seus livros esquecidos na cabeceira e jogo fora seu batom. No banheiro vai pro lixo sua escova de dentes e a de cabelos. Alguns xampus vão embora também. Na cesta de revistas vão ficar só as minhas, apesar de sempre me divertir lendo suas revistas modernosas, principalmente a parte que falava sobre sexo e mulher moderna.

Aqui   na copa é fácil mandar para a doação aquele conjunto de copos que você achava lindo junto com aqueles talheres que eram guardados para ocasiões especiais que nunca ocorriam. As panelas que antes eram mantidas impecavelmente limpas, agora formam uma grande montanha na minha pia, mas nem tudo há de ser perfeito na sua ausência.

As roupas esquecidas por você na lavanderia vão para doação, juntamente com seus livros sobre astrologia, era de aquário e outras baboseiras em que acreditava. Alguns dos seus cd's vão embora também, mas os que acabei aprendendo a gostar contigo, vão ficar. Aproveito o embalo e coloco um deles tocando no último volume. 

Entro no estúdio e logo começo a trabalhar. A jarra esta a cada momento mais vazia e a produção só tende a aumentar. Lembro-me de sair somente para ir ao banheiro ou beliscar alguma coisinha na geladeira. Devo ter ficado neste processo por três dias. Ao sair deixo pronto um novo livro e as ilustrações para outro. Há papel espalhado e muitas manchas de tinta pela minha roupa. Os braços estão rabiscados e com frases e desenhos espalhados por todo o corpo. Sei que você adorava isso, ainda mais quando era em você que eu desenhava, mas desta vez o prazer foi todo meu.

Abro as janelas e uma brisa invade toda a casa. Sinto aos poucos sua aura sendo limpa e em cada canto volto a me enxergar, passo a me reconhecer novamente na casa que antes só pertencia a nós.

Pego as coisas que vão embora e deixo com as irmãs de caridade, dessa forma sua partida vai beneficiar outra pessoa além de mim. Vou até um bar próximo e peço uma cerveja. Vou sorvendo-a pouco a pouco e voltando a respirar os ares da liberdade.  Muitas garotas passam por ali e uma morena fenomenal atrai minha atenção a ponto de fazer com que me levantasse e puxasse papo com ela. A sorte me beneficia e logo na primeira noite que tenho minha vida de volta, sou agraciado com companhia feminina. 

Na manhã do dia seguinte, acordo com a melhor disposição possível, envio meu livro para meu empresário e saio para caminhar e durante todo o caminho não consigo deixar de pensar que já estava mesmo na hora de você ir embora.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Para Dormir

A dor continua e só faz crescer a certeza de que tudo isso é inútil. Escrevo numa tentativa de manter a sanidade, nesta busca de motivos para continuar respirando. E eu estou perdendo. Estou aqui trancado nesta cidade estranha. Sei que a maior parte do tempo vivo dentro de mim, mas preciso sair um pouco para ventilar esta pocilga de ratos que é meu coração. Muitas vezes eu quis a pena de alguém, quase sempre era uma mulher que ia me levar pra cama de achar que eu era tão medíocre quanto ela. Preferi tantas vezes mentir, fingir amor para satisfazer pessoas que eram e continuam sendo bem piores do que eu. Deixa dizer que vejo sempre o mundo do alto, mas desço para viver com vocês, ar puro nunca foi bom para mim, ou me ajudou a escrever. No Céu a bebida vai ser sempre choca e sem álcool, coisa para sujeitos que passaram pela vida sem uma boa foda ou que a faziam com nojo, na vergonha de assumir que na verdade gostavam do sexo oposto, seja ele qual for. Eu procuro foder com várias pessoas em vários aspectos. Se não estou fodendo alguém é porque estou sendo fodido e isso nunca é legal. Abro uma garrafa de bebida qualquer e em uma talagada já se foi a maior parte. Saio para a rua vestindo uma roupa qualquer, entro nos seus bares, peço a bebida mais cara e ela tem gosto de mijo, vou para o primeiro buraco de ratos e lá a bebida tem sim o gosto certo. Tem o gosto de ranço da vida, tem o gosto exato de lutar pela vida. Aquela bebida não aceita passivamente descer por sua guela abaixo. Não, ela luta, esperneia, te faz ter ânsias, queima sua boca. No estomago queima como o diabo, deixa o gosto amargo na boca, diz que foi feita para fortes, te faz sentir vivo. Nas veias te deixa louco, maluco, é destas que eu gosto. Entro nas suas festas, nestes cantos depressivos que vocês chamam de boates. Entro e danço de acordo com a graduação alcoólica. Vocês acompanham, pois estão perdidos, querem somente alguém para copiar e dizer que é a nova moda. Vocês estão perdidos e não sabem. Eu posso beijar a garota mais bela, mas de que me adianta outra garotinha que não está acostumada aos homens? Que sempre brincou com as amigas e que pro alguma convenção atual namora um cara que usa tanta tinta na cara quanto ela? Não, quero a mulher, aquela que viveu, que sabe que o belo é falso, o belo não é natural, pois na cama com suor a maquiagem borra toda, o perfume desaparece, sobra só aquele cheiro de gente, cheiro de dois animais que se merecem que estão em uma luta para arrancar um pedaço do outro e que não desistem. Eu saio com a garota de verdade, aquela que sabe o que quer entre as pernas, ao seu lado e em sua vida e não precisa que uma mesma pessoa ocupe todos estes lugares. E eu fodo até amanhecer, Saio marcado na pele e na alma. Tenho pena das pessoas que nunca viveram isso e por isso merecem ser fodidas. Só uma boa foda salva alguém. Salva da mediocridade, salva do tudo bem, salva das bonecas Barbies que se contentam apenas com os Ken’s. salva do trabalho inútil que não muda nada no mundo, salva deste desejo louco que se sente de comprar tudo e todos. Eu sai da linha de salvação, estou além de qualquer ajuda. Hoje vivo cada dia, cada hora. E ao sair da casa da garota, só o sol vai me incomodar, pois neste país não se abrem bares às 7 da manhã, só se pode abrir o bar depois que as igrejas estão prontas para receber os fieis e a santa bebida é a minha devoção. E vou pra casa, você não vai reconhecer como “casa” o seu sentido de casa é o lar feliz com papai e mamãe se amando e você nunca vai ser feliz até conseguir isso e nunca vai conseguir, desculpa dizer. Papai e mamãe abandonaram o lar. Mamãe hoje transa com quem ela quiser e fuma baseados trazidos por seus amantes e o papai esta neste momento sendo fodido por um baita negão e esta gostando. Não sei estou numa cruzada perdida para salvar as pessoas, numa tentativa imunda de salvar a minha alma. Continuo pois é o que me resta, mas quando deito na cama,

domingo, 26 de setembro de 2010

Ele e o Mar

A coisa que me lembro com maior vivacidade foi o momento em que a onda me pegou de lado
*Uma onda imensa que surgiu do nada em um mar calmo
*Lembro de ficar com as pernas para o ar e ver o mundo girar em um turbilhão de água salgada.
*Lembro de olhar em volta antes da onda vir
*E tentar escapar dela.
*Lembro que ao sair dela eu me sentia novo
*coração acelerado, corpo doído, mas feliz.
Como onda vieram minhas crises recentes
Resultados de decisões do passado
Crises que tomaram minha mente, meus sonhos, me* trabalho.
Lembrei do medo que sentia antes da viagem. Lembrei de como fiquei ressentido, dos mil motivos para ficar e de nenhum motivo ao certo *ar* seguir
De como pensei tanto em só ficar aqui
*Pensei na covardia que eu sentia
*No enjoo da viagem, nas dores do corpo
*Contra tudo eu decidi encarar a viagem
*Fiz todas as piadas de praxe, conversei com todos e animei o ónibus
*Na chegada precisei de pelo menos duas horas de Rio para ter a noção verdadeira de que eu estava ali
*Uma viagem para estudar e aprender mais sobre Psicologia, sobre saúde mental e arte.
*Acabei sabendo mais sobre mim. Descobri do que fugia e que desculpas encontrava
*Descobri como fui afogado em um mar de problemas que não escolhi para mim, mas continuava aceitando.
*Descobri que eu estava vivendo o sonho dos outros e deixando os meus em segundo plano. Tudo o mais importava, e eu morrendo no processo.
*Me lembrei do meu ataque de pânico quando a crise começou e do medo que sentia de tudo.
*Meu gatilho foi um sonho em que eu nitidamente me confrontava com meu medo de ir embora e encarar a vida
MAs de nada adianta fugir...
*Fugi tanto que acabei diante de um mundo que me desafiava
*de oportunidades de carreira que me acendiam a chama no peito novamente
*Sim, eu estava na onda novamente e em vez de ser levado como antes, eu estava em sua crista. Estava nadando na direção que eu queria.
*Eu queria ir para alto mar
*queria novamente ter opções, de ficar frustrado, de ter de volta minha inspiração.
*Queria novamente meu tempo livre e a vontade de estudar.
*A viagem foi bem maior dentro de mim do que aqui fora.
*E eu sentia o mar como um homem livre.
*Eu estava no comando da minha vida novamente e ninguém mais iria me tirar Isso.
*Sei que com isso terei noites insones.
*aceito novamente dormir com fome por não ter grana.
*Sei que posso perder amores, amigos e até minha família.
*Sei que muitos vão me chamar de louco.
*Muitos irão contra mim, virarão a cara.
*sei das pessoas que vão me julgar e negar ajuda.
*Mas nenhuma destas coisas ou pessoas conseguiu trazer de volta este sorriso que carrego já agora nos lábios,
*Garanto que nenhuma destas pessoas poderia me trazer de volta estas lágrimas de alivio que derramo agora.
*Só eu com minha coragem e os desafios do novo caminho sabemos como é bom ter estes momentos de volta.
*Sim, vou sair neste barco de sonhos que criei e velejá-lo com minha coragem. Aos que quiserem me acompanhar digo logo que é preciso coragem e um coração enorme. Coração bem grande, coração deste jeito do meu: MAIOR QUE O MUNDO!

terça-feira, 2 de março de 2010

O Abandono

A página em branco é sempre um desafio. Ela fica ali me dizendo que há um infinito de possibilidades a escrever, mas somente uma coisa será a certa. Tal como a esfinge ela me desafia a desvendá-la e eu aceito a provocação.
Escrever é sempre este parto em que na maioria das vezes você não gosta do que escreve, ou abandona pela metade uma história que simplesmente deixou de fluir. É algo revoltante, que provoca nossas entranhas, pois uma história abandonada debocha da sua cara. Chama-te de covarde, de fraco, de incompetente. É como um filho jogado na sarjeta que pelo resto dos dias vai te atormentar, arrancando sua paz. E não importam quantos textos você escreva depois, que estes façam sucesso e que você vire um escritor renomado, mas ao deitar a cabeça em seu travesseiro, ouvirá o sussurro dos textos abandonados deixados na gaveta do escritório, exigindo uma atitude, e seu sono demorará, pois em sua cabeça, você buscará incessantemente pela continuação do texto abandonado. E é aí que reside a maior armadilha de todas, pois nestas voltas que sua cabeça dará, outros textos surgirão, e com eles a possibilidade de novamente surgir outro que sem final, será teu tormento pelo resto dos dias.